Discussão na Engaje: o Metaverso Flopou?

Talvez seja ousado dizer, mas existem alguns motivos que nos levam a crer que hoje, sim. Poderíamos ficar aqui detalhando os motivos que nos levam a conclusão que o empreendimento bilionário do conhecido Zuckerberg flopou. Mas vamos focar no porquê de “grandes sucessos” (contém ironia) simplesmente não caírem na graça dos consumidores. Mas uma grande ideia flopa? Flopa, ooooo se flopa. Quando pensamos no comportamento de consumo podemos listar incontáveis benefícios de um determinado produto. “Um sucesso” pensam seus idealizadores, “óbvio que dará certo, afinal, o cliente tem uma necessidade e eu tenho a solução”. Essa certeza é o primeiro passo para o “sucesso fracassado”. Isso porque existem diversas interferências no comportamento de consumo que a lógica não leva em conta. Além disso, existe o timing de lançamento, produtos muito modernos ou avançados podem estar de fato a frente de seu tempo. Ou seja, produtos e serviços são lançados de forma tão pioneira que os consumidores não estão prontos ainda para abraçar a inovação. Ou também, a janela de lançamento acontece de maneira curta para que a adesão aconteça. No caso do Metaverso, o tempo exato pode ter sido o momento de isolamento social. Naquele momento, possivelmente as pessoas poderiam aderir e assim criar o vínculo com o Metaverso, vínculo esse que Mark Zuckerberg ainda tem certeza que vai conseguir criar, pois então ele ainda não desistiu desse projeto. Um produto muito inovador pode voltar e dar certo em outro momento, como saber se é a hora certa? As variáveis são muitas, dentro do campo de pesquisa, uma pesquisa objetiva quantitativa poderia ser esclarecedora para o problema, entretanto teria que ser muito bem construída e embasada. Não espere que a Engaje vá perguntar a seus respondentes: e aí, usaria o Metaverso ou não? Isso pode funcionar? Pode, mas acredite as perguntas precisam estar bem programadas e calculadas, se isso não for feito, a margem de erro nesse caso vai além da estatística. A resposta verdadeira pode também estar perdida nessa mente, extrair ela, vai além de perguntas estruturadas. A resposta vai depender de comportamento, de perfil, de mais variáveis ligadas ao produto, da oferta, enfim, um olhar profundo que uma pesquisa qualitativa pode oferecer de maneira muito mais precisa, que pode complementar e orientar muito melhor uma etapa quantitativa em uma mesma investigação.
Enfim, a gente se empolga falando de pesquisa. Mas e o Metaverso? Será que o Mark ainda pode ter esperanças? Pode e deve, quem nunca teve que recalcular a rota antes de decolar em um voo espetacular?